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domingo, 2 de abril de 2017

COMENTANDO O LIVRO EXCELÊNCIA COM EQUIDADE- estudo


Desculpe-me discordar deste estudo que mais determina e descreve uma educação excludente do que uma educação de excelência. Ler as páginas 17 e 18 já nos dá uma ideia desta filosofia excludente.
Vou citar aqui dois itens:
1- Ambiente colaborativo e agradável para o professor e aluno:
 Como pode chamar de ambiente agradável e colaborativo um local onde o diretor diz que cada professor cria sua própria rotina e depois a diretoria fica vigiando se ele está cumprindo com a rotina que criou. Ambiente de vigilância é agradável e colaborador?
Oras, aqui é possível então obrigar o aluno no dia em que morreu seu cachorrinho, a cumprir a rotina, pois esta é mais valorizada do que os fatos não rotineiros.
Oras, aqui também é possível teremos aquele professor de ciências que diz: "Fechem a porta porque está chovendo granizo lá fora e nada, nada, pode atrapalhar a rotina de nossa aula sobre os estados da água".
2- Não deixar aluno para trás oferecendo-lhe recuperação: Diz o diretor: "Pegamos o resultado da Prova Brasil e chamamos o professor e cobramos dele o porque aquele aluno não teve bom resultado".
Frente a esta prática me recordo daquelas escolas onde os melhores professores podem escolher os melhores alunos e penso assim: Então professor algum quererá investir seu tempo em alunos com dificuldades pois se ele será responsabilizado pelo insucesso do aluno, vamos ser como aqueles professores de Educação Física que detestam aleijados em suas aulas, pois os mesmos atrapalham a performance da equipe.
3- Festa no dia das crianças e outras bobagens (não que fazer festa no dia da criança seja bobagem mas não é mais do que uma OBRIGAÇÃO) que nos envergonharão em um futuro próximo como nos envergonhamos dos navios negreiros que prendiam e retiravam os negros de sua sociedade livre para escraviza-los para os brancos ou mesmo dos relatos de um catequista de uma tribo Boróro na Amazônia: (Sabe-se hoje através dos estudos de antropologia que os Boróros eram uma das tribos mais socializadas e solidárias dentre todas as outras tribos). Diz o relato da professora catequista:
"Demorei muito  para ensinar honestidade entre os selvagens. Levava eu um chocolate para a sala de aula e prometia ofertar como prêmio ao aluno que terminasse sua cópia em primeiro lugar. Percebi que todos ficavam de cabeça baixa, fingindo que escreviam e olhando por baixo dos braços para o mais lerdo da turma e quando o mais lento terminava todos levantavam as mãos ao mesmo tempo. Foi preciso usar muito a palmatória para que eles aprendessem a não mentir, a falar a verdade e  levantar as mãos apenas o verdadeiramente mais rápido para ganhar o chocolate".
Sinceramente? O livro "Excelência com Equidade" me deu ânsia de vômito e pensar que ainda há quem o possa considerar "modelo" para mudar as escolas. Mudar o que?
Oras gente: Vamos Mudar a Escola, Melhorar a Educação e Transformar este país. Chega de retrocesso e continuísmo em nome da ciência que não é cientificamente comprovada e sim, muito pelo contrário, uma vez que há inúmeras provas científicas, principalmente na Universidade de Genebra e USP de que tais fatores como metas gerais a toda a turma e provas externas não combinam com excelência de ensinar a todos e a cada um. Existem até fábulas e filmes sobre ensinar peixes a subir em árvores, esquilos a nadar, são demonstrações dos absurdos de tais provas ... E Viva o Terceiro Manifesto pela Educação que proclama o fim das provas externas como esta absurda PROVINHA BRASIL que mais é uma sorvedora de recursos públicos e enriquecedora de "consultorias de amigos do rei".
Bem, agora com fim da universalidade e gratuidade da pré-escola e do ensino Fundamental nem sei o que será de nossas escolas públicas gratuitas fundadas na época de nosso ditador Getúlio Vargas e muito menos o que será de nosso III Manifesto que prevê como quesito de qualidade a Universalidade e gratuidade do Ensino Médio, Técnico e Superior. VAMOS LIBERTAR NOSSAS ESCOLAS DESTAS FALÁCIAS E METODOLOGIAS DA PRÚSSIA DO SÉCULO XVIII.




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